segunda-feira, 14 de março de 2011

O que ninguém vê. II

"Não está certo me amar só quando você puder. Eu não vou esperar pacientemente ou acordar todo dia esperando que você ainda se importe."

O que todos vêem.

"Só me ame quando puder e eu vou esperar pacientemente. Eu vou acordar todo dia só esperando que você ainda se importe."
- Mamãe, o que é isso que estou sentindo aqui dentro? Isso me dói tanto! Dói toda noite. Me diz, eu preciso saber o que é isso que está crescendo aqui... Eu preciso saber do que se trata. Cresce sem eu perceber. Está tomando conta do espaço todo. Sinto que vou explodir a qualquer hora, a qualquer segundo. Está tomando conta do meu ser. O QUE É ISSO? O QUE É? Preciso que isso vá embora, está doendo tanto. Dói, dói, dói. Me faz pensar e eu choro toda noite. Aperta, machuca, me deixa assustada.

- O amor é realmente tão doloroso assim? - Disse olhando aos olhos da pequena que já entrara em lágrimas ao terminar de falar. Alguém que não sente.
Bem que eu disse que não poderia dormir a noite quando você não estivesse comigo. Porque eu realmente preciso da tua mão na minha; até nos sonhos, até longe, até no pensamento. De mãos dadas eu sei que posso ser forte, sei que posso fazer as coisas que sempre quis fazer. Eu me sinto forte ao teu lado. Sinto como se eu pudesse mover o mundo com apenas um dos meus dedos. Tu me fez forte! Como conseguistes algo que nunca ninguém ousou fazer? Estou vivendo ao teu lado, estou realmente vivendo. Antes eu apenas existia, agora não mais. Eu sinto, eu sonho, eu choro. Toda noite. Estou vivendo.