quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Pra dizer a verdade, não vejo mais graça em ninguém. Em nada. A pessoa que eu mais queria que lembrasse de mim, já me esqueceu e com certeza não se lembra mais. Estou tentando deixar pra lá, esquecer. Não totalmente esquecer. Porque ninguém consegue esquecer das pessoas totalmente. Mas apenas tirar ele do centro das atenções da minha mente. Deixá-lo escondido. Atrás das paredes. Eu tento fazer isso à meses. Quatro malditos meses. Um dia desses, fui ler uma das cartas que ele tinha me mandado. Chorei tanto que parecia que ia morrer. É tão ruim precisar de alguém. Se doar, amar, se importar e não receber nada em troca, por mais que não peça. Talvez seja melhor assim... Ele longe. Mas dói, dói tanto. Eu nunca mais falei com ele. Ele mudou. Está totalmente diferente do que parecia ser antes. Não consigo odiá-lo, por mais que tente. Sinto vontade de odiá-lo. Não sei porque e também não entendo. Mas gostaria tanto de que um dia ele viesse me encontrar e eu não sentisse mais nada, nem nojo. Apenas o vazio que era a presença dele e como sempre foi. Eu realmente só queria que ele falasse comigo para me dizer que estar vivo, nada mais e nada menos.
II - Eu quero te amar sempre.

I - E você vai me amar sempre?

II - Eu posso?

I - Claro que você pode.

II - Então eu amarei.

I - Eu te amo. Te quero. Sempre.

II - Sempre.
"Jamais abandonaria quem tanto gosto. Espero que entenda e possa me perdoar por tamanho furo. Como tu estás? Eu nem acredito que realmente estou aqui do teu lado. Eu senti tanta a tua falta, grandão. Saudade dos teus abraços e beijos. Não é cômico estar viajando e sentir falta de beijar a boca do próprio pai? Caralho, mas que demônios, eu estou aqui. Quero-te. Sentistes a minha falta? Olha a minha cara de que te ignoraria. Nunca, querido papai. Tu és meu porto-seguro, sabias disso? Pensei tanto em ti. Quero comentar, tu estás tão lindo nessa foto. Eu poderia morrer só para beijar esses seus lábios. Eu senti a tua falta demasiadamente. E papai, é difícil dizer isso, sou tão orgulhoso, mas... uhn, eu te amo. Tu sabes, não? Tu és um doido por achar tais coisas sem sentido. Até parece que não me conhece, boboca do filhote. Eu sei que sou tudo pra ti, graças que tu não me deixas esquecer. Isso significa o mundo para mim, crê? Claro que estás mais lindo. Repare nos teus olhos brilhantes-apagados num contraste lindo; tua sobrancelha escura, porém, não muito grossa; teu nariz mordível ao extremo e tuas carnes labiais que tiram-me do sério. És perfeito. Um grande bobo tu és por achar que eu te ignoraria. Tu sabes que te acho lindo demás, não? Quero tua boca na minha hoje. Estou todo carente de ti, caralho. Agora entende, isso é bom. Sem mágoas e ressentimentos, certo? Tu me juras que me dará pelo menos um beijinho bem molhado para saciar 1% da minha vontade de ti? Eu te quero. Brigas deixam-me desgastado, porém, aproveitei a situação para ficar de bem dela e chorar lágrimas antigas, desabafei e foi ótimo. Milhões numa só noite? Será que dá? Eu espero que sim. Quero te abraçar até te deixar massacrado. Eu posso? Além de teus beijos eu quero cheirar todo o teu corpo, beijar todo o teu corpo, lamber cada centímetro da tua pele e morder-te dos pés à cabeça. Tenho permissão? Conte-me, como foi tudo aqui enquanto eu estava fora? Eu vou abusar do teu corpinho com beijos, eu quero. Ahn, papai... Tu me deixas tão bobo."