sábado, 5 de fevereiro de 2011

Adentrou no vazio do escuro enquanto procurava uma parede para apoiar suas mãos e sentir alguma coisa; não sentiu nada. O peito doía e mais ainda os olhos procuravam o corpo pelo qual se pedia a tanto tempo... Onde ele poderia estar? Apertou as mãos contra o peito pelo momento em que gritava o seu nome. Olhou novamente ao seu redor e conseguiu ver um lugar no qual deveria estar. Caminhou lentamente para que ninguém ouvisse os seus passos no andar de cima; ninguém poderia descobrir. Falava baixo ao momento em que seus cabelos longos passavam pelos seus lábios, como se estivessem dançando. Ria, chorava, passava horas naquele lugar. Até agora não fazia nenhuma questão de estar de volta em seu quarto, porque ali mesmo era onde ela se encontrava e esquecia de coisas que a incomodavam por dentro.