sexta-feira, 20 de maio de 2011

Abri meus olhinhos e me deparei contigo todo esparramado na nossa cama, com os braços por cima de mim e o cabelo espalhado pelo travesseiro e pelo meu rosto. Me aproximei de ti, arrastando-me lentamente pela cama enquanto fazia de tudo para não te acordar, com os movimentos mais lentos que conhecia. Abri um sorriso ao perceber que tu acordou e estava apenas fingindo que estava dormindo. Enfiei a minha cabeça em teu pescoço e depositei vários beijinhos pelo mesmo. Você riu, sorriu e me apertou com as mãos e braços. Me levantei, andei pela cama e pulei o teu corpo. Deixando-te no meio de minhas pernas. Sentei-me pelo teu colo; mas tu ainda estavas deitado. Desci a cabeça até o teu pescoço e depositei várias mordidinhas no mesmo, descendo com a cabeça até o teu peitoral; onde continuava mordendo; aumentando sempre a força da mordida. Você me deu dois tapas na perna, pela dor de uma pequena mordida dada rapidamente. Eu sorri e te dei um tapa no braço; deitando-me do teu lado logo após as mordidas e os risos. Olhei-te nos olhos e abri um belo e grande sorriso ao ver-te ainda com sono e tentando dormir. Mordisquei o teu queixo e logo falei: Vamos a praia? Você estava dizendo que eu tinha bronze de necrotério. Você sorriu e disse: Se você quer ir, nós vamos agora mesmo. Levantamos. Trocamos de roupa e saímos caminhando até a praia que encontrava-se bem perto da nossa casa. Brincamos o caminho todo; um batendo no outro, como crianças que nunca saíram de casa. Eu te mordia, você me beijava. Eu te beijava, você me batia. Andamos pouco menos de cinco minutos e já tínhamos chegado a praia. Estava um pouco deserta, pois a noite estava próxima. Só tinham algumas pessoas pelas calçadas, onde gastavam seu tempo caminhando. Nós descemos as escadarias e nossos pés logo encontraram a areia. Eu corri e te puxei junto comigo. Ficamos um bom tempo correndo de mãos dadas até que eu caí e te puxei novamente. Você caiu por cima de mim, tascando-me um beijo daqueles. Nos beijamos enquanto algumas pessoas passavam e nos olhavam ali, deitados, aquele belo enroscado de pernas e braços. Não nos importamos. Continuamos por mais algum tempo até que a noite veio. Estava escuro. Apenas a luz da lua clareava o resto da nossa "praia". Sentamos um pouco e observamos o vai-e-vem das ondas. Olhei para ti, que estava entretido demais para me olhar de volta. Olhei novamente e gritei: Ei! Está vendo o quê que nem pra mim quer olhar? Estou com ciúmes. Logo fiz um bico engraçado e cheguei um pouco mais perto para te morder. Você virou e disse: Estava observando as coisas e pensei em como é lindo estar aqui contigo. Encarei-te e logo fiz uma pergunta: Estou bronzeado? Rindo loucamente depois. Eu sabia que não havia pego um bronze, nem nada. Continuava o mesmo branquelo de sempre. Mas eu sabia que você me amava do mesmo jeito. Por mais que fosse um braquelo. Um branquelo que te enche de sms lindos. Um branquelo que adora te mimar o dia todo. Um branquelo que te ama mais que tudo. Tu me agarrou; me agarrou com força mas ainda sim carinhoso. Olhou-me bem nos olhos e esfregou o nariz no meu. Estávamos cheios de areia. Minhas costas incomodavam e coçavam mais que tudo. Eu não estava tão acostumado a praia, nunca gostei muito. Você não se importou. Continuou deitando por cima de mim enquanto levava os lábios para perto de meus ouvidos. Murmurou: Eu quero fazer aqui. Vem cá, vamos. Olhei-te assustado e te dei um pequeno tapa de leve nas costas. Repetindo: Estás louco? Vão nos ver! Eu tenho vergonha! Você novamente murmurou com a voz bem pertinho do meu ouvido: Mas eu quero... Eu quero. Eu tenho ciúmes que alguém te veja, porém, eu não deixarei ninguém nos ver. Eu te bati mais algumas vezes, mas você continuava insistindo. Eu também queria muito. Eu te amo, repeti várias vezes enquanto tu abaixava nossas calças lentamente e discretamente para ninguém percebesse. Eu queria. Eu queria tanto que te deixei fazer o que quisesse.