sexta-feira, 20 de maio de 2011

Eram umas cinco e vinte da manhã. Eu estava acordado, eu só não sabia bem o porque não conseguia dormir. Tu ainda estavas dormindo todo esparramado do meu lado na nossa cama. Passei as mãos pela curvatura do que o teu corpo estava fazendo. Estavas de lado, virado para o guarda-roupas e eu estava por trás de ti. Continuei a passar a mão um pouco gelada pela curva de tua cintura, acariciando a tua pele quente. Tu estava apenas com o cobertor um pouco menos da cintura para baixo e eu estava sem nada, apenas com os pés enroscados pelo nosso cobertor. Estava chovendo. Eu gostava do frio; gostava também da sensação gelada de estar recebendo o vento da janela um pouco aberta e do ventilador que estava logo abaixo dos meus pés. Despejei um pequeno beijo sobre o teu ombro e você se mexeu, mas nada demais. Não ousou acordar. Eu repeti várias vezes no teu ouvido o quando eu te amava e o quando era agradecido por estar contigo, por ter você todos os dias comigo. Por saber que eu sou teu e que você é meu. Por você ser o homem mais perfeito do mundo comigo e ser tão carinhoso e tão manhoso ao mesmo tempo. Sorri por alguns segundos por perceber que você não ouvia nada do que eu dizia. Comecei a falar novamente perto do teu ouvido:

- Eu amo você, seu preguiçoso. Não poderia acordar pra me fazer companhia? Eu quero te dizer uma coisa... Eu quero te dizer que amo até os teus defeitos, o teu jeito, as tuas caras, o teu cabelo, os teus ciúmes. Eu amo tudo que vem de você. Você é todas as razões, todas as esperanças, e todos os sonhos que sempre tive. Serei sempre teu. E, meu querido, serás sempre meu.

Quando terminei com as minhas palavras, o sol já invadia totalmente o quarto. Levantei-me e fechei a cortina pela metade. Os pingos de chuva escorregavam pelo vidro e faziam desenhos sobre as paredes brancas do nosso quarto. Deite-me sobre a cama novamente, fazendo-a balançar. O que te fez abrir os olhos e olhar para trás. Olhou-me e perguntou.

- Onde você foi?

Respondi com os olhos abaixados e repuxando o cobertor dos meus pés para me cobrir:

- Fui arrumar a cortina, o sol estava entrando aqui dentro. Isso iria te acordar logo logo se eu não o fizesse.

Você apenas sorriu e apoiou os cotovelos pelo colchão, olhando-me de lado com a tua cara perfeita de sono. Estavas com tanta preguiça que não aguentava manter-se de olhos abertos. A chuva insistia e de vez em quando, alguns trovões faziam barulhos. Eu me assustei, olhei para os lados e me agarrei no teu corpo. Você apenas me abraçou de volta. Me segurou e me puxou para cima do teu corpo, onde eu sentei pelo teu colo por cima do cobertor. Eu sem roupas e com frio. Pendi para o lado e peguei um dos teus blusões pretos de mangas longas. O vesti e continuei do mesmo jeito que estava antes. Tuas mãos e dedos percorriam minhas pernas brancas e desnudas, que arrepiavam a cada toque. Teus olhos não olhavam a mim, apenas acompanhavam as tuas mãos fortes que continuavam a subir por minhas pernas até chegar no pano um pouco grosso do teu blusão. Colocou as mãos por baixo do mesmo, tocando-me e fazendo-me deitar sobre a cama. Logo veio para cima de mim, fazendo com o que o cobertor descobrisse o teu belo corpo. Nós fizemos amor umas três vezes. As três vezes mais demoradas do mundo inteiro.