sexta-feira, 20 de maio de 2011

Eu estava caminhando até a tua casa. Estava voltando do colégio; com preguiça, mas tu havia me chamado para ir até lá. Bati na porta e a tua mãe abriu, dizendo que tu estava dentro do quarto. Entrei e caminhei lentamente até a porta do teu quarto, enroscando os dedos calmamente pela maçaneta e abrindo devagar. Tu me olhou e se levantou, correndo até chegar pela minha frente e me agarrar com teus braços fortes. Eu te abracei com toda minha força. Ficamos um tempinho parados, enroscados um no outro. Você me soltou e eu te soltei, deitando-me por tua cama que encontrava-se encostada na parede. Me deitei atravessado, com as pernas para fora das mesmas e com a cabeça na parede. E você sentou no chão, segurando uns papéis do colégio para estudar. Estavas um pouco afastado de mim, mas ainda sim, consegui esticar uma das minhas pernas para esfregar um dos meus pés no teu rosto. Você riu e bateu nele, empurrando-o para o lado. Eu ri novamente e continuei a passá-lo pelo teu rosto. Dessa vez, você segurou a minha perna e a puxou, arrastando-me da cama até cair no chão. Minhas costas estalaram no momento que entraram em contato com o mesmo. Eu escondi o rosto com as mãozinhas enquanto você veio com teu corpo por cima de mim todo preocupado. Você repetia várias vezes: Ei, você se machucou? Meu amor, você se machucou? Eu te machuquei? Eu continuava a esconder o rosto com as mãos e fingir um choro manhoso falso. Você levantou, pegou-me do chão nos braços e me colocou na cama, deixando-me sentado pela mesma. Eu ergui o rosto com um sorriso nos lábios e você riu também. Você pulou por cima de mim, fazendo cócegas e me apertando todo. Nós riamos e nos agarrávamos por cima da tua cama que estava cheia de papéis. Tu segurou o meu rosto com os dedos quentes e puxou os meus lábios até os teus, começando um belo beijo apaixonado. Eu me sentia tão bem contigo e com os teus braços ao redor de mim, que o meu maior castigo seria ter que ir embora naquele exato momento. Te puxei mais, apertando-te no meu corpo enquanto você ainda me segurava pelo rosto. Percebi você pender o corpo para o lado e me afastei um pouco para que tu deitasse do meu lado. Você deitou, parando de me beijar e segurou uma das minhas mãozinhas. Encolhi as perninhas e logo as enrosquei pelas tuas. Você me olhou com um sorriso e disse: Eu quero morar junto contigo, entende? Só eu e você, em uma casa só nossa. Onde nós poderemos ter qualquer coisa que nós quisermos. A gente vai poder decorá-la, fazer bagunça, mas depois arrumar tudo. Poderemos fazer amor em qualquer lugar e não vai ter ninguém para atrapalhar. Poderemos ficar acordados até tarde, acampar na sala, fazer brigadeiro (mesmo eu não gostando tanto). Poderemos fazer qualquer coisa. Você quer morar comigo? Eu respondi com um sorriso nos lábios: Eu quero muito morar contigo. Agarrou-me novamente, puxando-me para ti e me abraçando enquanto despejava vários beijos por minha testa. Entrelacei os nossos dedos e falei baixinho: Eu posso dormir aqui hoje? Você disse que sim, fazendo sinal com a cabeça e levantando-se da cama para terminar de fazer o que estava fazendo. Sentei na cama e fiquei mexendo nas tuas coisas. Espalhando-as por cima da cama e deixando tudo bagunçado. Você já havia terminado suas coisas... Levantou do chão e sentou na cama do meu lado. Sussurrou: Achou isso aí desse jeito? Arrume. Fez um rosto sério e eu fiquei bom um tempo te olhando. Depois de um tempinho, você pulou em cima de mim; rindo e me mordendo. Eu te segurei assustado e falei: Eu realmente achei que você estivesse falando sério. Você respondeu ainda rindo e com um sorriso que só você sabe dar: Eu não, meu amor. Mas aprenda que tudo que você bagunçar em nossa casa, terá de arrumar, viu? Subiu por cima de mim e apertou minha cintura com as duas mãos, puxando-me um pouco para baixo, deitando-me por tua cama. Entrou no meio de minhas pernas e despejou o peso totalmente sobre meu corpo, enfiando o rosto e os lábios quentes pelo meu pescoço. Deixando várias mordidas e lambidas pelo mesmo. Senti meu corpo estremecer ao sentir tuas lambidas. Puxei a tua camisa para cima, em uma tentativa desesperada de tirá-la do teu corpo rapidamente. Você cedeu. Levantou os braços logo que percebeu, deixando-me tirá-la completamente do teu corpo. Repuxou a minha no mesmo instante, tirando-a de meu corpo com uma certa agonia. Esfregou-se por mim no momento em que conseguiu tirá-la do meu corpo, deixando minha barriga branquela amostra. Apertou meu corpo contra o teu. Os dois corpos suados, em contato, esfregando-se por tua cama. E os beijos ainda molhados em meu pescoço tiravam-me do sério. Ouvimos alguém a caminhar pelo corredor da tua casa. Nos levantamos nas pressas da cama e você levantou, tentando esconder o volume por tua calça com as mãos. E eu vestia a minha camisa rapidamente. Ficamos parados ouvindo e esperando que alguém aparecesse ou falasse algo. Nada aconteceu. Você foi até a porta e abriu, percebeu que não tinha ninguém. O barulho havia sido lá fora. O barulho da tua mãe saindo de casa e nos deixando a sós. Era tudo que nós precisávamos.